terça-feira, 13 de novembro de 2007

Dário, o pensador..



Tortura

Tirar dentro do peito a Emoção,
A lúcida verdade, o Sentimento!
-- E ser, depois de vir do coração,
Um punhado de cinza esparso ao vento!...

Sonhar um verso de alto pensamento,
E puro como um ritmo de oração!
-- E ser, depois de vir do coração,
O pó, o nada, o sonho dum momento...

São assim ocos, rudes, os meus versos:
Rimas perdidas, vendavais dispersos,
Com que eu iludo os outros, com que minto!

Quem me dera encontrar o verso puro,
O verso altivo e forte, estranho e duro,
Que dissesse, a chorar, isto que sinto!!

Florbela Espanca


3 comentários:

Anónimo disse...

ohhh, olha eu!

Anónimo disse...

hã?

Anónimo disse...

mas como é que eu.. faço... como é que eu faço.. humm... como é que eu... hãaaaaaaa.. como é que.. errr...não tou a perceber... rónhónhó........
como é que eu faço para me registar nesta coisa, alguém me explica? hum?